FILOSOFIA DE BOTEQUIM.

Somos o que achamos que somos ou aquilo que os outros acham que somos?
O que os outros acham que somos é realmente o que somos ou trata-se apenas duma ilusão de ótica, mesquinha e mal fundamentada?

Mas como somos se não conseguimos mostrar o que realmente somos?
Quem será que tem a visão tapada: nós ou eles? Pois certo é que se não podemos ser mais de um, alguém tem que estar errado.

Ou será que todos nós estamos enganados?
Somos reflexos do que fomos ou uma prévia do que vamos ser? Ou somos o que já estava predeterminado antes mesmo de sermos o que mal sabemos que somos?

Somos o que sonhamos? Somos as causas por quais lutamos? Ou nossos sonhos e nossas causas são apenas como ruas sem saída que nos leva a lugar algum mas dá a sensação de que estamos seguindo em frente?

Somos o que queríamos ser ou por achar que somos eliminamos o que poderíamos ser?

Somos frutos da genética e carregamos a sorte, ou o azar, dos nossos antepassados e assim, antes de ser o que somos, já faziam ideia do que seríamos? Ou será que somos frutos do acaso e a cada dia remodelamos o que somos sem nunca saber com certeza o que éramos e o que vamos ser?

Somos o que gostariam que fôssemos, cobaias da ignorância de pessoas que sequer sabem quem são?

Somos o que deveríamos ser? Ou somos o que restou pra sermos?
O que somos? Quem somos?

Sei lá. Talvez nem somos. Apenas achamos.

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