quinta-feira, 21 de junho de 2012

REVOLUÇÕES MODERNAS.


A pauta da vez é a sustentabilidade.
Não estão nem aí para o Demóstenes, Cachoeira e suas pizzas. Nem pra aliança do PT com o Maluf. Muito menos pro Cannes Lions, claro, que é um evento de outro mundo.

Estão preocupados com o futuro da Terra, dizem. Acho bacana. É um tremendo discurso. Mas vejo uma grande interrogação no final disso tudo. Vamos plantar árvores, economizar recursos naturais e criar soluções de preservação. Vamos – digo vamos porque acredito que todos, participantes ou não, são responsáveis pelo resultado – criar um código que, se cumprido, vai salvar o Planeta.

Repare que até o resumo é lindo. Eu só queria saber pra quem vamos salvar o Planeta. Porque aqui na realidade, longe das conferências, dos discursos emocionantes e da orla da Barra , ainda estão roubando, matando, esquartejando, estuprando criancinhas e mulheres indefesas, traficando, expulsando vendedores de rua das ruas e imunizando políticos envolvidos em enormes esquemas de corrupção.

Precisamos salvar o Planeta, sim, mas salvar a humanidade seria um primeiro passo mais lógico.



Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.




sexta-feira, 27 de abril de 2012


MICROCONTOS #11.

Eu queria todas as soluções, mas acabei ganhando todos os desafios.
Meu pedido foi atendido a longo prazo. 


Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.


quinta-feira, 26 de abril de 2012


SORRIA. VOCÊ ESTÁ SENDO JULGADO. 

Em um mundo cada vez mais conectado, muito se fala dos benefícios da rapidez da informação e da troca de conhecimento. Muito se fala do contato com pessoas de qualquer lugar do mundo e experiências resumidas em 140 caracteres. E todos aplaudem de pé. É o futuro virando realidade, dizem.

Só que, de repente, todo mundo virou “cool”, descolado. Passam o dia inteiro tentando criar um trocadilho. E precisam disso. São famintos por #FF, retuítes, likes e por aí afora. A rede, coitada, virou um divã público, onde todos reclamam de tudo e dão conselhos sobre qualquer coisa. Inclusive sobre o que reclamam.
E já não basta estar online. Precisam participar de tudo, ser convidados para todas as festas, dar pitaco em todas as conversas, confidenciar fofocas pelo chat, “adêdê” a “Soraia Gostosa – Lotado – Add perfil 2” e meu, vai por mim, se ela fosse gostosa não precisaria sair contando.

Sobrou até para as segundas-feiras que agora seguem um padrão: todos “sobem” as fotos do churrasco de domingo. E a maioria das fotos é recortada, maquiada e tratada. É que sempre apagam a tia gorda segurando uma cerveja barata que saiu sem querer. E, claro, todos tuítam pedidos pro santo da preguiça fazer com que o sábado chegue logo e que o chefe fique fora a semana toda. Eu até criei uma teoria: ou ser cool é chato demais ou todos sempre foram ranzinzas, mas só agora encontraram um lugar para desabafar. 


É por essas e outras, meu amigo, que prefiro ser careta. E minha vingança é saber que daqui algum tempo todos também vão querer ser. Vão descobrir que a rede está aí para multiplicar conhecimento, compartilhar informações relevantes, incrementar a lista de contatos úteis e, principalmente, para que cada um acrescente algo que faça sentido.

O fato é que o mundo mudou muito, sim, e se tínhamos uma boca para dois ouvidos, agora temos dez dedos para um cérebro. Mas não se engane: os dedos podem ser maioria, mas o cérebro foi feito para controlá-los.

Pense muito, digite o suficiente.


*Artigo publicado no Blog da KMS no dia 04 de novembro de 2011.  


quarta-feira, 25 de abril de 2012


MICROCONTOS #10.

E a injustiça é combatida com balas de festim,
em uma guerra onde a vitória dos bons não passa de alarme falso.




sexta-feira, 6 de abril de 2012


HOJE É DIA DE REFLEXÃO, BEBÊ.

Tempos atrás um gringo teve a ideia de tirar outras ideias do papel e espalhá-las, para isso ele criou uma conferência de vários dias na Califórnia e deu o nome de TED, que nada mais é que Tecnologia, Entretenimento e Design. A coisa cresceu e, como ele esperava, espalhou-se dando suporte às ideias que mudam o mundo. Recentemente a iniciativa chegou ao Brasil e semana passada chegou à ESPM. E mesmo que outras edições tenham recebido apresentações de Bill Gates, Bill Clinton e Al Gore, ao menos recebemos Enio Ohmaye, Lia Diskin, Mina Ahadi, Miguel Neiva, Luiz Lara, Pedro Bial, entre outros.

Foi um evento memorável. Daqueles que você sai pilhado e com uma enorme vontade de mudar o mundo. Principalmente por perceber que para mudar o mundo não é preciso muita coisa, basta ter iniciativa. Basta criar coragem e tirar as ideias do papel.

E foi com essa coragem e determinação, que Enio Ohmaye passou de imigrante clandestino a cientista da Apple, que Mina Ahadi comoveu o mundo todo para salvar a vida de uma iraniana e que Miguel Neiva criou um sistema de identificação de cores para daltônicos. Parece simples? Essa ideia foi considerada pela Galileu uma das 40 que vão mudar a história.
E por falar em história, quase uma semana depois do TEDxESPM o Steve Jobs morreu e, adivinha, fui escrever um texto sobre essa fatalidade para o blog da KMS e acabei falando de coragem e determinação. E não é um discurso pronto e genérico. É o segredo – não muito bem guardado – que move o mundo e suas reinvenções. Quer provas? A Apple estava à beira da falência e até 2014 seu valor de mercado pode chegar a UM TRILHÃO DE DÓLARES. O Enio desossava galinhas antes de se tornar cientista da própria Apple. A falta de xarope pra fazer Coca-Cola originou a Fanta, de um erro na produção de adesivo supercolante nasceu o Post-It e o Tupperware nasceu da sobra de material plástico em uma linha de montagem.

Tem também o caso de um dono de uma fábrica de roupas que ganhou o apelido de Crocodilo devido a sua braveza. E sabe o que ele fez com o apelido? Transformou no logotipo da empresa e criou a Lacoste. E, pra encerrar a sessão crie-vergonha-na-cara-e-pare-de-arrumar-desculpas, quando soube que os americanos achavam que os sorvetes dinamarqueses eram os melhores, uma empresa muniu-se de ousadia e trocou seu nome para Häagen-Dazs. Aliás, sabia que Häagen-Dazs não tem tradução? Mas soa europeu. E conquistou boa parte do mundo. A dona Melitta, descontente com o coador de pano, improvisou e criou o coador descartável. Um gordo que não conseguia abotoar suas próprias calças criou o zíper. E um funcionário de uma redação de revista infantil reclamou para o chefe sobre a falta de uma revista exclusivamente masculina, o chefe nem ligou e sabe o que aconteceu? Esse funcionário era Hugh Hefner, que, ao contrário do chefe, acreditou na ideia que acabara de ter e criou um império chamado Playboy.

E não pense que eu perdi o foco: esses cases, as experiências compartilhadas no TED e a história do Steve Jobs têm muito em comum e traduzindo para o bom português elas estão aí para dizer que se você quer sair do óbvio, fazer a diferença e mudar o mundo basta levantar a bunda da cadeira. E não tem segredo, nem sete hábitos e muito menos dieta: só requer coragem e determinação para tirar as ideias do papel e iluminar mentes. De preferência do mundo todo.

E, antes que eu perca o timing: R.I.P Steve. E obrigado pelas maçãs.


*Artigo publicado no Portal Comunicavale no dia 10 de outubro de 2011.


Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.


segunda-feira, 26 de março de 2012



DOIS MIL E DOZE, OS MAIAS E AS BESTAS.

Parece que estão levando a sério essa história de fim do mundo. Tão a sério que estão de brincadeira. Tem até o caso do cidadão que financiou um terreninho no paraíso e o da igreja que passou a oferecer uma tal lipo espiritual: você paga e perde 15 quilos por oração.
Eu, hein. Coisas de fim dos tempos.

Falando em fim, o Alckmin acabou com as aulas de reforço e a Secretaria da Educação de São Paulo, com aulas de produção de texto e leitura. Artimanhas, no mínimo, de umas bestas.
Pensando bem, o ano já começou acabando: a Europa em crise e a Grécia, famosa por suas ruínas históricas, toda arruinada. Mas dessa vez parece que ninguém vai lucrar com as desgraças.

Por aqui a história se repetiu: centenas de cidades foram alagadas. E para muita gente o mundo acabou mais cedo. Ainda sobre gente, expulsaram uns 8 mil habitantes do Pinheirinho, um antigo abrigo dos sem-teto. Em protesto, e pra adiantar o serviço do apocalipse, eles colocaram fogo em tudo o que viram pela frente. O final da história não foi bem divulgado. No Rio, uns prédios caíram do nada e as atenções, manchetes e apostas se voltaram para eles. Nada mais justo: prédio que cai sem mais e sem menos não tem muito por aí. Vai entender essas raridades apocalípticas.

Mas não se engane. Não são só os prédios por aqui que estão com problemas na estrutura. Em Brasília os traços desengonçados do Niemeyer invadiram de vez a cidade e boa parte dos ministros entrou em ritmo de samba: foi dançar no olho da rua. Ainda bem que o que eles gostam mesmo é de farra.

Aliás, quem vai dançar também é o brasileiro, que vai assistir a Copa no Brasil ao vivo e em cores. Só que pela tevê. Culpa dos preços distantes da realidade. E, claro, vai ter que assistir aos gringos tomando cerveja nas arquibancadas. Sim, eles podem. Coisas da primeira Copa sem lei.

E isso não é sequer obra do fim do mundo. É o padrão Brasil mesmo.




Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

quinta-feira, 22 de março de 2012



SORRIA. VOCÊ ESTÁ SENDO MANIPULADO.

O desmatamento aumentou nas regiões metropolitanas de São Paulo.
A poluição é quatro vezes maior que o aceitável pela OMS.
A coleta seletiva de lixo ainda é falha.
E o estado só vai se livrar das enchentes no mínimo em 2040.
O desemprego aumentou. Os desabrigados, também.
O metrô e o transporte público são insuficientes. Os congestionamentos, inacabáveis.
A saúde pública é uma calamidade.
A segurança precisa de muito reforço.
E, ao contrário da educação, a corrupção continua em alta no estado inteiro.
Mas São Paulo, a partir do próximo dia 3, definitivamente não terá mais sacolinhas plásticas nos Supermercados.

E tem muita gente achando que isso é solução.




Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

CONTO DE FIM DE ANO.

Acordou tarde. E nem se importou. A mesa estava servida, mas só roubou um naco de pão. Cumprimentou todo mundo. Desejou feliz ano novo. Perguntaram por que não ia esperar o almoço. Respondeu que dessa vez ia variar. Mas e os fogos, o amigo secreto e a tradição da família? Respondeu com outra pergunta pra não se complicar. E depois saiu de fininho.

No caminho, passou na casa dos amigos, entregou presentes, esquivou de mais perguntas.
Pegou a estrada, aumentou o volume do rádio, diminuiu a velocidade. Os carros desciam a serra, ele subia. Todo mundo de branco. Menos ele.

Desligou o celular. Não fez check-in. Perdeu pontos no Foursquare, mas ganhou credibilidade com ele mesmo. Havia colocado em prática o que sempre quisera. Se fosse pra sair do comum, tinha que ser pra valer. Se fosse pra inovar, então tinha que ser de verdade.
Jantou na vila, dividiu mesa com desconhecidos, compartilhou novas ideias. Nem se lembrou de perguntar se tinham Twitter.

Um novo ano ia começar e ele não estava nem aí. Estava aberta a temporada de fazer mais do mesmo, mas dessa vez ele queria inovar. Tinha descoberto que se não mudasse, o ano não mudaria nunca. Tinha aprendido que a data não adianta nada quando param no tempo. E que ideias velhas, não fazem ano novo.  Foi aí que decidiu reciclar a si mesmo. Saiu do comum, abandonou o tradicional e, já que diziam que o mundo acabaria em 2012, decidiu fechar com chave de ouro.
Sonhou que tinha ganhado na loteria. E que o prêmio veio em bom senso pra todo mundo.

Lá fora, os fogos iluminavam as cidades. Pelo horário de Brasília, todos comemoravam a chegada de mais um ano velho.




Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011


HISTÓRIA REAL INVENTADA.

Quer saber? Isso não faz o menor sentido! Tão me ouvindo? NÃO FAZ O MENOR SENTIDO! Estamos aqui já faz duas horas e olha só: está na senha 19. Tem mais umas 100 pessoas na fila! Ainda não repararam? Quem inventou essa droga de ordem sistemática? Filas, pra quê? Hein?! Pra quê? É o purgatório do que chamam de dias modernos. Eu que não caio mais nessa. Chega! Entenderam bem? CHEGA!

A partir de hoje não sou mais uma vítima desse padrão majoritário de vida. E você aí, gordinho, para de me olhar com esses olhos arregalados. Aliás, e como vão essas olheiras? É pra isso que vivemos? Acordamos cedo, dormimos tarde, trabalhamos o dia todo e quando precisamos cair no sono, pronto, insônia! E depois ficamos aí, cochilando o dia todo, com essa cara de cueca velha no varal. E não disfarça não.

Quem você pensa que é pra me evitar? Estamos na mesma fila, na mesma droga de fila, e você querendo me ignorar? Nós todos estamos sendo ignorados, não percebeu? Estamos sendo ignorados pelo sistema, pelos governantes e pelas mulheres bonitas.  Mas, não. Tem sempre um infeliz querendo se sobressair. E, por falar em sobressair, quero ver vocês saírem dessa. Quero ver até quando vocês vão aguentar essa vidinha manipulada, esse reizinho-mandou interminável e injusto.

Hein?! Ninguém vai me responder? Estão proibidos de me responder? Ou estão incumbidos de não me enxergar? Malditos reprodutores de ordens mal fundamentadas e mesquinhas. Malditas ordens mal fundamentadas e mesquinhas. Malditas ordens!

E porque esse burburinho? Não é isso o que vocês querem? Não são de filas, ordens e bundas doloridas que vocês gostam? Bater cartão às nove, mijar às onze, bater cartão ao meio dia, almoçar ao meio dia e dezesseis, bater cartão à uma, tomar um cafezinho com adoçante às duas, como se adoçante fizesse alguma diferença, lanchar às dezesseis, evitar repetir dezesseis três vezes em qualquer bendito parágrafo, bater cartão às dezoito, ser vítima do transporte público por mais umas três horas, assistir à droga da novela com o mesmo roteiro de sempre às vinte e uma, dormir às vinte e duas, perder o sono às vinte e três, dormir às quatro e acordar todo estropiado às sete como se tudo isso fosse normal?

Hein?! É isso o que vocês querem? É pra isso que vocês vivem? É pra isso que vocês fingem que vivem? Hein?! Não vão me responder? Escravos do capitalismo! Respondem tanta pesquisa de consumo, de satisfação e de insatisfação e agora deram pra ficar mudos?! Mudos estão seus saldos bancários, que o gato comeu a língua e um político desgraçado levou a grana. Entenderam o trocadilho? Não?!

Claro que não. E não era pra entender mesmo. Porque eu estou aqui pra confundir, mesmo sabendo que todos já nascemos confusos e que... Opa! Chamou o 74? Ei, peraí! Sou eu. Moça! Sou eu! Por favor, dá licença? Obrigado. Muito obrigado.




Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

QUEIME ANTES DE LER.

Estou pensando em escrever um filme. E não é um filme qualquer. Vai começar em um boteco. Na calçada de um boteco. O bêbado abre o olho, vê que o dia está amanhecendo e diz: “Essa não... Mais um!”.

A tela fica escura. Entra o letreiro: “Baseado na vida real”. E depois entra meu nome. Porque estou precisando muito ficar famoso.
Volta pro dia amanhecendo. E não vai ter pássaros cantando. Nem macaco espreguiçando. Não quero enganar ninguém. Ficção eu deixo pro JJ Abrams que, aliás, é bem melhor que eu.

Crianças choram e vão para a escola obrigadas. Professores também. Em uma esquina, um caminhão descarrega jornal. E a manchete do jornal mais vendido do país – segundo ele mesmo – é categórica: “Precisa-se de doadores de bom senso. Urgente”.

Um corre-corre toma conta das ruas: cachorros correm atrás de carteiros, vizinhos correm atrás de vizinhos. Políticos correm atrás de pizza. Bandidos correm atrás de senhoras indefesas. E a polícia corre para a avenida Paulista. Está em greve. E ainda assim, nem todos os policiais correm. É que estão fora da boa forma.

Bebê chora por não querer nascer. Adultos choram porque querem morrer. E, por falar em morte, vai ser um filme sangrento. Cheio de mortes. E de todos os tipos: assassinato, suicídio, escorregão acidental em uma Glock apontada sem querer para a têmpora esquerda. E por aí vai. Mas não fica feliz não: o Sarney não morre.

Mas, para compensar, vai rolar uma passeata em forma de protesto contra sua quinta eleição para presidente do Senado. Dezessete pessoas compareceram. As outras 1.543.846 só curtiram pelo Facebook. Uma espécie de protesto virtual. E resultados idem.

Enquanto isso, o mundo vai de mal a pior. Congestionamento, caos aéreo, job pra ontem. Pessoas se empurram, acotovelam-se e brigam por uma vaga de deficiente físico. No meio da multidão, Eduardo se esbarra em Mônica e trocam de celular. Uma esquina depois, ela se dá conta do equívoco e joga o celular na primeira lixeira que encontra. Está ocupada demais para perder tempo com os gostos de um compositor: tem que pagar contas, ir ao supermercado, estudar para a prova, passar na casa da avó, pegar uma encomenda, comprar um desodorante e, se der tempo, ir à manicure. E voltar a tempo de ver o BBB 16. É dia de roleta russa e suicídio durante o discurso do Bial. Não pode perder.

Mas quem não perde mesmo é o presidente. Enquanto a população se mata ele dorme tranquilamente com os pés na mesa – bem em cima de um documento que valida o aumento do salário mínimo para R$563,42.

Pra deixar o filme um pouco mais alegre, entra um musical. A turma da Unidos do Morro Perdido quebra tudo. Até o carro alegórico dá uma emperradinha. O pessoal vai à loucura e a Sandy toma uma Devassa. Algumas velhinhas batem palminhas e não estão nem aí. Porque entre o bem e o mal existe o carnaval, e aí, meu amigo, dane-se tudo. Principalmente camisinha e princípios.

Cento e dez quilômetros habituais de congestionamento mais tarde, um ativista espertão foi de bike e morreu atropelado. E o deixaram lá, pra natureza tomar as medidas necessárias.

Corta para menores abandonados vendendo balas no semáforo. Tem de 22 e 38. Míssil de guerra exclusivo para o exército só sob encomenda. Demora dois dias para chegar. Mas o frete é grátis.

E, pra terminar, alguém descobre que não existem 125 razões para acreditar. Mas dorme com um sorriso inocente na cara: ao menos os bons são maioria. Pena que enquanto ele dorme a maioria muda de ideia e troca de lado.

No meio da noite, o presidente da República dá entrada no hospital, diz que está com diarreia e pede um atestado. Pra semana toda.

Fade out. E entra aquelas letrinhas que você nunca lê.




Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.